EXPRESÃO DA QUESTÃO SOCIAL NA COMTEPORANEIDADE E AS CATEGORIAS ANALITICAS DA INFANCIA

Edimilson Pereira Araújo

Resumo


Neste artigo abordaremos a questão social e suas expressões na contemporaneidade e, nesse contexto, discutimos as categorias analíticas das questões da infância. A questão social advém das contradições entre capital e trabalho e é produzida pelas forças que são construídas pelo capitalismo. Neste sentido a questão que nos propomos desenvolver neste ensaio, tem por objetivo conhecer como a questão social se reatualiza com o desenvolvimento do capitalismo atualidade. Para isso, utilizamos como encaminhamentos metodológicos a pesquisa bibliográfica tendo como base teórica Castel (2008); Chesnais (1996); Filho(1982); Ianni (1992 e 1996); Neto (2012); Pastorini (2004); Rosanvalon (1998); Santos (2012), dentre outros. Não pretendemos esgotar as possíveis análises sobre o tema em questão, mas a partir do objetivo e do tema abordado neste ensaio, entendermos os desdobramentos da questão social, em especial, percebendo os reflexos no âmbito da questão da infância e da adolescência no contexto capitalista. Nessa perspectiva, percebemos e destacamos que a questão social tem a ver com a produção e reprodução do capitalismo.


Palavras-chave


Questão Social. Capitalismo. Infância.

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Referências


A pobreza, muitas vezes tomada como expressão máxima da questão social somente pode ser entendida quando considerada a partir da incapacidade de reprodução social e autonomia dos sujeitos que, na sociedade capitalista remete, de modo central, a questão do desemprego (SANTOS, 2012, p. 134).

Foram as profundas transformações societárias emergentes desde a década de 1970 que redesenharam amplamente o perfil do capitalismo contemporâneo - está claro que, planetarizado, esse capitalismo apresenta traços novos e processos inéditos. Estas transformações estão vinculadas às formidáveis mudanças que ocorreram no chamado “mundo do trabalho” e que chegaram a produzir as equivocadas teses do “fim da sociedade do trabalho” e do “desaparecimento do proletariado como classe (NETO, 2012, p. 416)

De acordo com Santos (2012, p. 176),

A discussão contemporânea acerca da questão social no Brasil deve, considerando o desemprego enquanto uma de suas expressões centrais, comtemplar a importância dessas premissas, a fim de particularizá-lo em face de outras realidades, especialmente a dos países cêntricos. O desemprego estrutural aparece, nesses países, em decorrência da transição para a acumulação flexível e tendo como alvo a desregulamentação do regime de trabalho, no sentido de uma luta contra as conquistas fordistas de estabilidade no emprego.

A nova divisão do trabalho envolve a redistribuição das empresas, corporações e conglomerados por todo o mundo. Em lugar de concentração da indústria, centros financeiros, organizações de comercio, agências de publicidade e mídia impressa e eletrônica nos países dominantes, verifica-se a redistribuição dessas e outras atividades por diferentes países e continentes, (IANNI, 1996, p. 14).


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